A escolha da profissão

Mudar de carreira não é fracasso, é crescimento. A vida muda, nossos valores também — e a profissão pode (e deve) acompanhar. Recomeçar com consciência é um dos maiores atos de coragem.

Porque vc escolheu a profissão que tem?

Tente fazer esse exercício de voltar ao tempo e lembrar o que vc tinha em mente quando decidiu fazer a faculdade que fez ou iniciar no emprego que te mantém na mesma carreira até hoje.

Eu sempre sonhei com a psicologia, cheguei a pensar em jornalismo mas a vontade de estudar o comportamento humano sempre me intrigou. Foram 5 anos que eu cursei feliz e hoje eu estudaria tudo de novo, assim como eu continuo estudando sempre.

Mas e quando não acertamos de primeira? Ou quando até acertamos, mas aquela escolha lá aos 20 e poucos anos hoje não parece mais tão desafiadora ou interessante… ou mesmo pq hoje temos tantas outras profissões e possibilidades…
Chega a ser cruel tomar uma decisão tão jovem e que vai impactar nossa vida pra sempre.

Sempre podemos mudar e redirecionar nossa carreira, mas é algo que exige planejamento, paciência, coragem e, as vezes, alguns passinhos pra trás.

Lido diariamente com executivos de sucesso que ou querem fazer a transição ou já fizeram e querem se estabelecer melhor: o Engenheiro que se tornou um tatuador de sucesso. A executiva de vendas que quer ser Personal Organizer. O brasileiro que montou seu escritório de contabilidade nos EUA mas agora sonha em ser Psicólogo. Outra que deixou a carreira corporativa para fazer mestrado. E por aí vai!

Uns chamam de coragem, outros de propósito, outros querem fugir de uma situação ruim com o sonho de algo melhor, mais leve, com mais identidade própria. Tanto faz o nome que você dê, o importante é escutar a voz interna que diz quando é hora de mudar.

No fim das contas, não existe um caminho certo — existe o seu caminho. A carreira é viva, se transforma junto com a gente, com nossas fases, nossos valores e nossos sonhos.

E talvez o maior ato de coragem profissional não seja permanecer, mas recomeçar com consciência, mesmo quando o mundo espera estabilidade.

Afinal, o trabalho é só uma parte da vida — mas quando ele reflete quem realmente somos, tudo ganha mais sentido. 🌱

DATA

23.10.2025

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A minha 1ª formação em Coaching Executivo de Carreira foi há 10 anos. Quando a grande maioria dos profissionais dessa área eram sérios, investiam em conhecimento contínuo, se preocupavam com o desenvolvimento do ser humano de verdade.

Coach de verdade faz pensar, ajuda a desvendar caminhos, discorda do cliente, traz visões adicionais, propõe reflexões e exercícios práticos que trazem melhorias reais.

Um processo de coaching não é suave, o momento é de transição, a pessoa geralmente está insegura, apreensiva. Mas isso não quer dizer que as sessões não possam ser suaves, com acolhimento!

E fechar a semana com esse feedback tão bacana só reforça o meu propósito de desenvolver o potencial que todos nós temos 💓

Olhando minha jornada, percebi que eu sempre senti medo, medo de passar vergonha, do que as pessoas vão pensar da minha apresentação, de não dar conta das contas, de não ter feito a escolha certa em sair de uma empresa e ir para outra, das consequências por ter dado um feedback mais duro a um funcionário ou a um chefe. Medo de ter amizades aqui e não ali. Medo da nota de desempenho do fim de ano. Medo de não ser presente o suficiente para as minhas filhas. Medo de reuniões presenciais segunda-feira cedo e o trânsito implacável que causa estragos na agenda e na imagem. Medo de me posicionar e medo de não me posicionar também. Medo de rir naquela reunião porque eu sou brincalhona, mas não posso passar uma imagem de bobona. Medos e mais medos….

Aposto que você se identificou com pelo menos um medo meu aqui. E pensar que na hora a gente acha que é só com a gente, não é mesmo?!

Confesso que em algumas situações eu travei e o medo dominou, outras eu mandei o medo catar coquinhos e foi com medo mesmo. E, nessas situações, qual não foi minha surpresa ao ver que a consequência do medo não se concretizou. Que no fim o terror que fiz na minha cabeça foi bem superior as consequências de arriscar aqui e ali – ou de ser eu mesma…

Como santo de casa nem sempre faz milagre, eu preciso forçadamente me lembrar do que acontece no cérebro e o que a neuropsicologia diz sobre o medo, vem comigo:

  • Amígdala: uma bolotinha pequena no meio do cérebro é a responsável por tudo isso. Ela avalia se o estímulo representa uma ameaça e envia sinais de alerta para outras regiões cerebrais.
  • Hipotálamo: recebe esses sinais da amígdala e ativa o sistema nervoso simpático, que desencadeia as reações físicas do medo.
  • Córtex Pré-Frontal: a grande central de processamento das informações no cérebro vai definir como nos comportaremos frente a esse medo.

 

Então, o pulo do gato, quando mais desenvolvido é seu CPF (córtex pré-frontal) mais fácil será superar o medo e se acalmar porque percebeu a tempestade que fez no copo d’água 😉

Mas e como desenvolvo meu CPF?

  1. Autoconhecimento: saber como você reage às situações, trazer para a razão e não agir aleatoriamente com a emoção descontrolada.
  2. Psicoterapia: promove esse autoconhecimento, faz a gente repassar nossos pontos fracos, dúvidas, perceber e corrigir os pontos cegos comportamentais, sentimentais e pensamentos disfuncionais.
  3. Pedir feedback, estar em desenvolvimento contínuo e humildade para admitir que sempre podemos evoluir.

 

Eu tenho um profundo e inexplicável medo de altura. Pavor. Nessa foto ai eu estava com minha filha na época com 5 anos, no prédio mais alto de Chicago (Willis Tower – 442 metros de altura), desses que você fica na plataforma de vidro para ver tudo abaixo e só de lembrar já tô com tremedeira de novo hahaha

Pegamos trocentas horas de fila, eu grávida num calor insuportável de julho pensava: mais uma vez eu me coloco em situações de altura e acabo desistindo. Paciência…

Chegou nossa vez de ir à plataforma e tirar fotos: “Eu não vou”. Minha filha me olhou, correu pro vidro de chão e na inocência de quem ainda não tinha a amígdala cerebral tão dominante, pulou lá, feliz da vida! “Vem mamãe!!!”

E eu… fui, apavorada, pensando que aquilo iria cair justo na minha vez. Usei todo o meu nulo conhecimento para conferir os parafusos, a vedação, as várias camadas de vidro, ah claro falei pra ela não arriscar e parar de pular (vai que não aguenta os 30 quilinhos dela?). Lembro de pisar na ponta dos pés como se pudesse economizar o meu peso e a preocupação triplicada por estar grávida “que irresponsável”!!! Olha o que o medo causa, ele bagunça toda a mente em questão de segundos – o famoso ‘sequestro da amígdala’. Mas eu retomava a consciência e me mantinha ali, tentando não mostrar medo para minha filha – tarde demais!

Por fim, sabemos que o medo é importante para nos tirar de situações realmente perigosas, mas no mundo corporativo, de relacionamentos, ele causa mais estragos na nossa mente do que em qualquer outro lugar. E ainda nos faz agir desconectados a nós mesmos…

É como dizia Carl Jung: “seja você mesmo, porque todos os outros já existem”

E você, tem medo do quê?!

Ela nasceu no verão intenso de um janeiro em Santos – SP, não necessariamente planejada, temida pelos pais porque seu irmão, no auge dos seus 3 aninhos, dava um trabalho danado! Então ela veio para curar, para acalmar, para destraumatizar pais iniciantes e ainda assustados com tantas responsabilidades da vida adulta. E assim ela seguiu sua vida, sem querer atrapalhar, sem querer incomodar, sem querer… querer.

Estudou muito, teve duas lindas flores e decidiu desde cedo que seu propósito era ajudar o ser humano a ser melhor, a encontrar bem-estar na vida, a trabalhar feliz. A flor de lótus, sua primeira tatuagem, imprimiu a ela a pureza, renascimento, sabedoria, amor e compaixão, que ela tanto oferece aos outros, mas agora, depois de 40 anos, quer também receber.

Com alguns tropeços naturais da vida, agora ela precisar reafirmar sua essência. E o mais profundo: saber o que não quer mais. Assim como uma flor de lótus, que representa a capacidade de transcender às adversidades, ela agora quer o caminho da autodescoberta de forma leve.

A natureza não se esforça para “ser”, a natureza não se martiriza para sobreviver, para existir. Ela existe onde é próspero, e quanto melhor o clima, o ambiente, mais lindas e fortes as flores se desenvolvem. Mas a flor de lótus cresce em águas turvas e mesmo assim desabrocha bela. Sem esforço, com as variações das estações, há épocas mais belas e coloridas e há épocas mais secas e introspectivas.

Talvez agora essa flor de lótus esteja passando pelo outono, para se renovar e surgir toda poderosa na primavera! E é isso que ela quer ser, primavera!

Muitos executivos me procuram dizendo que até são chamados para entrevistas, mas não são escolhidos para a vaga, que tinham todos os requisitos, mas não são aprovados.

Eu vejo a entrevista com uma negociação comercial: a empresa quer te ‘vender’ a oportunidade como a melhor que há no mercado. E você quer se vender para a empresa como o melhor candidato que há para eles!

Confira abaixo algumas orientações práticas sobre o que fazer e o que não fazer para aumentar suas chances de ser aprovado em uma entrevista de emprego.

O que Fazer

  • Se for online, deixe seu currículo aberto na tela, isso o ajudará a focar em suas experiências, lembrar datas e entregas bacanas;
  • Se organize: Confira o link antes, sua conexão com a internet, câmera, áudio, ambiente, etc. Já cheguei infelizmente a reprovar um candidato porque ele fez a entrevista – agendada previamente – no carro com outras pessoas rsrs
  • Comunique-se com clareza: Fale de forma objetiva pensando no tempo reservado para a entrevista. Foque nas suas experiências relacionadas à vaga.
  • Tenha postura profissional: Mantenha contato visual, demonstre atenção ao entrevistador, o chame pelo nome, faça desse momento uma conversa agradável entre dois profissionais.
  • Pesquise e sempre faça perguntas: Antes da entrevista, informe-se sobre a história e área de atuação da empresa. Isso demonstra interesse e preparo.
  • No fim das contas, pense que o entrevistador só quer saber se você tem o conhecimento que a empresa busca para a vaga.

O que Não Fazer

  • Nunca fale mal de antigos empregadores: Mesmo que tenha sido demitido injustamente, ou se teve um chefe terrível, resuma os acontecimentos de uma forma menos emocional.
  • Não minta: Seja honesto sobre suas experiências e habilidades. Mas cuidado com o ‘sincericídio’!
  • Se perceba: Gestos de desatenção, respostas vagas ou muito curtas podem prejudicar sua avaliação.
  • Salário e benefícios têm hora certa para perguntar. Se prepare estrategicamente para esse momento.

 

E você, como acha que pode melhorar sua comunicação e apresentação para ter mais chances de aprovação?!